All in all is all we are

Vinte anos. Aquela nostalgia de quem fica em casa na sexta-feira à noite, escolhendo música pra ouvir na televisão e lembrando do tempo em que a gente só ficava em casa numa sexta se houvesse uma festa com algumas dezenas de desconhecidos na minha garagem (história real, outro dia eu conto).

Vinte anos era o tempo do All-Star rabiscado e descolorido por acidente com detergente, de pegar um ônibus pra chegar na única loja que tinha música diferente, de escutar a última novidade do rock com quatro anos de atraso (a esposa disse que tinha o Unplugged MTV e o Nevermind na época em que Kurt morreu, eu só fui ouvir um ou dois anos depois, na minha terra, Radiohead é do século XXI, etc).

E eu fico na dúvida se me impacta mais isso ter acontecido há tanto tempo ou pela força das memórias que essas músicas trazem.

Mas não se preocupe, jovem leitor, nem me inveje. Daqui a vinte anos, você vai estar em casa numa sexta-feira à noite nostálgico e assistindo uma gravação de um show de Pablo.

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