Eu leio jornais, tanto do Brasil quanto da Espanha, quase diariamente. Sou um bicho raro.
Mas os leio sempre depois de ler quase tudo de disponível no Google Reader. E só para confirmar notícias, ou ler uma ou outra opinião.Viveria acho que quase normalmente sem o jornalismo tradicional.
Hoje estava pensando em voltar ao Recife, a trabalhar por lá. Aí pensei: “pô, eu não lembro mais o último anúncio impresso legal que eu vi impresso”. Também não lembro o último impresso legal que eu fiz. Provavelmente foi um folder com pop-ups. Mas revista, jornal, isso que é o pão de cada dia em PE, eu não lembro. Faz muito tempo mesmo. E o pior: eu acho que trabalho em um mercado atrasado. A Espanha, apesar da fama, da moda, etc, não é tão avançadinha assim. Falta ousadia, ganas, coragem, para ser muderno de verdade. Pode ser impressão de quem tá fora, mas em Sampa a galera me parece mais antenada com o futuro. A blogosfera brasileira me parece mais interessante, as produtoras de internet brasileiras dão uma surra, etc ad nauseam.
Thinking about tomorrow, do Wall Street Journal. E como vai ser a propaganda? E como essas mudanças chegarão no Recife? Eu estou pensando nisso o tempo todo, porque não quero que a minha vida vá a reboque da minha carreira, e sim, o contrário. Por exemplo, estou morando numa cidade massa, mas trabalhando numa agência MUITO antiquada. Há projetos de transformá-la na butique criativa não-tradicional do grupo Euro em Madrid, mas enquanto não acontece, continuamos trabalhando como há 20 anos. E eu lendo blogs.
A definição de publicitário tradicional está acabada, dizem uns. Outros dizem que este ano será o ano da Un-agency. O an em que tudo vai mudar. E eu continuo pensando, cá com as minhas teclas, o que fazer, o que aprender e o que estudar.
A bagunça das agências. A nova era das agências. Quem sabe o que vai acontecer?
Discutimos na Plane Designers, mas chegar a um resultado conclusivo, ninguém chega. A comunidade anda meio parada, mas seria ótimo se as discussões voltassem. Alguém mais se anima?