Os mil trabalhos de Sísifo

Creio que não há no mundo, profissão na qual seja mais comum fazer e desfazer, e fazer de novo, sem nenhum objetivo, do que a publicidade.

Quantas vezes não passamos noites em claro pensando, escrevendo e queimando os olhos pra fazer uma apresentação que algum chefe, ou algum cliente, já sabe que não vai dar em nada?

E as concorrências que serão ganhas por coleguismo, orçamentos mais baratos, mas que mesmo assim exigem a apresentação de centenas de slides cheios de ideias?

E as mudanças de chefes e middle-managers, que muda completamente a orientação, objetivo e escopo do trabalho.

“If one wanted to crush and destroy a man entirely, to mete out to him the most terrible punishment … all one would have to do would be to make him do work that was completely and utterly devoid of usefulness and meaning.”

– Dostoyevsky, making an eloquent case for why you should learn to avoid work and find your purpose.

E algumas pessoas ainda perguntam se existe algum talento específico para ser publicitário. Não é criatividade, é paciência. E humildade também ajuda bastante.

Ou, como sintetizou o Scott Adams:

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