A roupa nova

Posted by tarrask on July 29, 2011 · 1 min read

Eu tenho várias implicâncias na vida. Tem uma que é tão forte que é uma das preferidas das pessoas que querem pegar o meu pé.

Sou especialista em encontrar coisas bizarras. Mania de escritor, doença de viajante, chame como quiser. Mas eu sempre gostei de observar, de procurar as diferenças e principalmente de apontar o dedo e dizer: “ei, pô, olha que doido aquilo ali”.

De todos os lugares perdidos nesse mundão de meu deus que eu já vivi, um deles é especialmente surreal. Aliás, foi lá que eu aprendi o que significa surrealismo, porque qualquer coisa, desde que ilógica, pode acontecer lá.

É uma mistura de Macondo com o inferno, se é que Dante e García Marquez podem se encontrar assim impunemente.

Hoje de manhã, caminhando pro trabalho, me veio uma frase que precisa ser dita em voz alta. Não vou morrer sem escrever isso. Nem que precise levar pedrada ou ouvir (de novo) que sou ingrato, ou que estou fazendo pose.

Se eu tivesse apenas uma frase pra definir a capital com o nome mais feio do Brasil, o lugar onde a merda bate na bunda primeiro, terra de mulher-macho, maré mansa e microondas na Mata do Buraquinho, seria isso:

João Pessoa é uma cidade onde Roupa Nova é levado a sério.