Eu tenho um algoritmo bizarro implantado na minha maneira de pensar.
É uma deturpação de um método utilizado em publicidade para gerar ideias criativas, e que eu meio que viciei e uso o tempo inteiro, num incessante brainstorm.
Pensar o extremo oposto.
O extremo mesmo.
Do tipo: “e se usássemos bombas atômicas pra alcançar a paz mundial?” quando alguém fala de política internacional. Mas não é nada necessariamente refletido, pensado, nem algo que eu ache factível. É como se eu gostasse de botar pra fora logo a primeira e mais insana ideia, pra depois ter espaço de ir desenvolvendo outra coisa. Como quem diz: “este é o limite, daqui não se passa”, e depois ir procurando outrascoisas.
É mais ou menos assim que funciona o meu superpoder de prever o futuro, que a Alinevaleque avisou a todo o mundo que eu tenho. Lampejos de estupidez, mas que eu aprendi a achar engraçado.
Deve ser por isso que eu gosto tanto de Douglas Adams. No mundo dele, destruir uma casa ou um planeta para construir uma autopista parece algo idioticamente comum e plausível.
E se você parar pra pensar, a realidade é assim mesmo. Idiota.
Mas não é muito plausível.